quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A maré



O amor não deixa de existir.
Amor que é amor não some. Dorme.
Por falta de estímulo
ele não tem resposta.
É como o nosso organismo.
Deixando de se alimentar
O corpo condiciona - se a jejuar
Mas chega num ponto
Que ficamos fracos, nosso corpo já não suporta mais.
E procuramos nos alimentar com qualquer alimento
só pra não morrer, só pra suprir a necessidade.
Mas o amor não morre.
Quando é real
as lembranças insistem em aparecer
as músicas ousam em tocar
as fotografias saem sozinhas das caixas
as manias e gostos ainda são lembradas quando pairamos sobre tal.
O amor verdadeiro manda na gente.
Fica entocado, camuflado.
Causa incertezas com o tempo.
Mais ainda ronda sobre você.
O amor nao renasce. Reencarna.
Volta.
Surge num novo mesmo corpo.


Polliana Veras



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