domingo, 4 de outubro de 2009

Silêncio dos corpos

Procurar as melhores palavras a serem ditas
É assinar a certeza do incerto.
Devemos dizer o melhor silêncio.
Um silencio que não silencia
Feito de olhares e toques
De sensações que só são capazes de serem sentidas
com o mais puro silêncio.
Apenas o barulho dos poros gritando pelo encontro
Do atrito da pele
Do vinho derramado no chão
Dos lençois embaraçados
Da fusão dos corpos
em busca da magia que trás os nossos corpos em nó.
Fundos sonoros de respirações incessantes.
Pura demonstração dos nossos vícios perfeitos
Das nossas virtudes imperfeitas.
O som das unhas nas costas
Do aperto das mãos.
O silêncio do barulho do amor em prática.
A falta de palavras também é um diálogo.
Talvez nada era pra ser de fato dito.
Apenas vivido
Olhado
Tocado
Sentido
Marcado.
Polliana Veras

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