quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Lis


Vento que passa ditando ser pluma leve
entorta a flor de quem não a segura
envolve as pétalas que restaram do ramo.
Faz e floresce.
Espuma a sutileza da semente.
Que germina.
E enlouquece perpetuamente sobre seus novos ramos espinhosos.
Porém cheios de leveza
suporte de tempestade
estandarte de vendaval.
Supera, ultrapassa, segue.
Despetala
perde ramo, perde flor.
Fica espinho, fica terra.
Fica o centro.
O que é de dentro.
Que não se resgata, intacto de fenômenos naturais.
Pura essência filosófica.
Pura teoria marxista.
Pura verdade.
Seja a minha
ou sua.


Polliana Veras

Um comentário:

  1. não sei se por ser lis... não sei se por ser flor... não sei se por ser filosofia, ou teoria marxista...
    só sei que me vi e me achei um pouco aí....

    Da alegria envolvente, do colorido embriagador, do jeito "certinho" de ser loucura...
    É disso que sinto(imos) mais saudade!!!
    Beijo!

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