quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Mar de lembranças


Essa rotina de molhar o travesseiro
Faz questionar-me
o poder da noite de ressuscitar lembranças
De dar vida ao que perdeu a alma
De fazer o passado retornar afoito
sufocando-me de culpa.
Porém não é triste
Pois a causa é iluminada.
Inatingível e purificada.
quero o nosso absurdo nesse instante
O seu olhar invasivo
com capacidade de desfazer o verbo
Quero o nosso impossivel real
A nossa luz acessa
sem risco de apagar a chama
Que chama.
ama.

Polliana Veras

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