sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Grandes Navegações





Olhar fundo de horizonte
Que de tão distante
impede a descoberta da linha reta sem fim.
Descobrir teus mares
risco de encontro com monstros lendários.
Não explorar-lhe
tolice medieval de antigos navegantes.
Jurava que teu fim não fosse abismo...
Epifania!
Moldas-te teu mundo tão quadrado quanto a mente.
Falsas sereias do teu abissal
camuflam em beleza
o teu umbral interno.
Que de tanto desviar a rota de quem te navega
Feneceu afogado
em tua própria água.


Polliana Veras

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